-Aquele é o…? - Douglas se perguntou, ao olhar pela janela do carro. -Não, não pode ser. -Quem? - Perguntou Seu Souza, o motorista de aplicativo, seus olhos fixos no farol fechado. -Nada. É que tem um cara no bar ali que me lembra um conhecido. -Entendi. Quer uma balinha? Após aceitar a bala, Douglas se sentou na outra ponta do banco acolchoado para observar a outra avenida. Enquanto os carros e motos da sua estavam parados diante do sinal vermelho, os veículos do outro lado corriam em alta velocidade, seus condutores em busca de curtição naquela noite de sábado em Ponta de Faca, a cidade aonde prédios se misturam com ipês amarelos. O rapaz sentiu-se como uma agulha em um palheiro: Dificilmente seu pai lhe acharia. - Opa, deixa nessa aí! - Douglas foi tirado de dentro dos seus pensamentos enquanto o motorista trocava de estação. -Então você curte uns “ rock ”? - Perguntou o Seu Souza enquanto a música do carro tocava. -Um pouc