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Mostrando postagens de janeiro, 2023

O Hastur do capítulo 2

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 Arte por Alexandro Lima.

O Hastur enfrentado no Capítulo 1

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 Dessa vez a ilustração é por Alexandro Lima. A bermuda foi uma adição dele, e eu até que curti.

Cidade Amarela, capítulo 3

       Semreh, Chevielier e Marcos enfrentavam um Hastur em uma das praças de Ponta de Faca. Haviam cadáveres espalhados pela área, tanto de civis quanto de policiais militares; sangue e vísceras enfeitavam o chão.      As árvores de ipê da praça haviam perdido todas as suas flores, formando um contraste irônico com o Hastur enfrentado: Uma grande e robusta árvore com flores de ipê, mas que também possuía monstruosos braços e pernas, com um olho que se abria no sentido vertical no tronco.      Marcos mal conseguia ficar em pé: Suado, ofegante, suas manoplas pareciam muito mais pesadas do que eram e o equipamento nas pernas era como um instrumento de tortura medieval trucidando seus membros. Foi difícil, mas com a ajuda dos quatro robôs controlados por Lúcia ele destruiu os homúnculos. O jovem já não aguentava mais, ele só queria que aquilo acabasse pra ele voltar pra casa.      Chevielier empunhava seu facão com a mão direita, enquanto seu braço esquerdo ficou inutilizado po

Cidade Amarela, capítulo 2

       Em seu dormitório no prédio da Kegareshi, Douglas meditava. Ele estava sentado na posição de lótus sobre sua cama e recitava o mantra Nam-Myoho-Renge-Kyo repetidamente.      Lúcia lhe havia dito que esse método daria mais poder à sua alma, de modo que ele não dependeria tanto do fogo frio.      E de fato, Douglas era capaz de sentir algum progresso. O método que lhe foi ensinado ainda pequeno consistia em simplesmente deixar os pensamentos e emoções fluírem, aceitá-los. Coisa que não era nada fácil, já que sua mente só lhe transmitia dor; uma dor muito mais intensa do que qualquer uma que tenha sentido nas lutas improvisadas ou no combate aos Hasturs.      Esse novo método, chamado “ daimoku ”, lhe dava controle sobre a própria cabeça, além de fornecer clareza e propósito. Era realmente muito empoderador.      Toc toc      Lúcia bateu na porta.      -Preciso de você na sala principal. Vista algo apresentável.      Douglas até achou bom ser interrompido:

Cidade Amarela, capítulo 1

       Noite de sábado num armazém abandonado em Ponta de Faca, a cidade dos ipês amarelos. Havia uma multidão reunida em volta de um grande retângulo vermelho marcado no chão, assistindo a dois homens lutarem dentro de seu espaço.      Um deles estava em sua quinta luta consecutiva naquela noite, tendo derrotado todos os outros participantes.      Porém, cedo ou tarde a fadiga chega pra todos.      -Até que enfim – Comentou Marcos na plateia, quando Douglas pediu água – Já tava achando que ele ia deixar o cara quebrar o braço dele. - E deu outra mordida em seu churro.      Lúcia jogou uma toalha para Douglas, que enxugou o rosto com o braço ileso.      -Foi um ótimo espetáculo – Comentou a moça, tentando soar o menos sarcástica possível – Não pude deixar de notar que você parecia sentir prazer em ferir seus oponentes.      Após tomar um gole de sua garrafa d’água, acrescentou:      -Você vem pra cá satisfazer algum impulso sociopata de uma maneira mais ou menos s