Cidade Amarela, Capítulo 12

 

    Sentado em um trono feito de pétalas de ipê, o Rei Amarelo bebericava uma taça de vinho. Como ele fazia para beber usando máscara era um mistério.

    -O que acha, Majestade? - Perguntou Maurício, segurando a garrafa.

    Os dois estavam em uma sala do prédio criada pelo próprio Rei Amarelo para se acomodar. Teto, chão e paredes estavam cobertos por um veludo amarelo, que mais fazia lembrar um quarto de manicômio do que aonde um rei faria sua estadia.

    -Não tem a mesma visceralidade que a safra de 1870, -Respondeu o Rei Amarelo, contemplando a taça em sua mão – mas Sang de Dieu é sempre bom.

    -Fico feliz que o senhor ainda aprecia a humanidade. - Comentou Maurício com um sorriso.

    -Vocês não são de todo ruim. -Admitiu o Rei Amarelo. - Embora estejam longe de ser a melhor espécie racional deste lado da galáxia, e existam humanidades de universos paralelos que fazem vocês parecerem uma bufonaria.

    Maurício tentou manter o sorriso.

    -De fato, o Homo sapiens é muito superestimado. - Lamentou o jovem.

    -Volta aqui, criatura maldita! - Ouviu-se a voz fora da sala amarela.

    Maurício saiu correndo.

    -Ei ei! - Disse o moço, tentando acalmar a situação. - O que tá acontecendo aqui?

    -Essa sua bola de pelos maldita rabiscou as paredes do meu escritório com giz de cera! - Igor berrou com sua voz de trovão -Se ela fosse minha filha, eu…

    -Eu sei muito bem o que você faria se ela fosse sua filha. - Respondeu Maurício, com a voz séria e o rosto sisudo. Marie se escondeu atrás de suas pernas. - E não vou deixar você encoste um dedo na minha criação!

    -Seu moleque ingrato! Quem foi que te acolheu quando…

    -Acalmen-se! - Interveio o Rei Amarelo, se materializando entre os dois. -Nós estamos todos no mesmo time, esqueceram?

    Os dois humanos continuaram se encarando por alguns instantes, então Maurício pegou Marie no colo e deixou a sala.


*


    Em seu dormitório no prédio da Kegareshi, Douglas recitava o daimoku enquanto meditava.

    O mantra ativava ondas em seu cérebro que o permitiam processar melhor todas as informações que obteve recentemente, mas ainda haviam lacunas.

    Leandro parecia ter dito tudo o que sabia, e de qualquer forma ele não iria mais querer se envolver nisso depois do que aconteceu. Lúcia também continuava sem querer realizar seus rituais macabros.

    Foi então que um suposto insight apareceu em sua cabeça. “Suposto” porque a ideia era absurda, além de ter altas chances de ser suicida ou pior.

    Mas quanto mais Douglas meditava, mais aquela ideia era reforçada pela sua mente.

    Douglas não aguentou mais e cedeu à pressão de seu próprio cérebro: Ele precisava falar com o Rei Amarelo pessoalmente.


*

    Douglas vestiu roupas apresentáveis e saiu pela rua. Por mais que fosse impossível saber se era dia ou noite apenas olhando pro céu, o rapaz não podia deixar de lembrar de quando ele caminhava pelas áreas abandonadas da cidade, iluminado apenas pela luz da lua.

    Ele voltou sua atenção para o portal dourado no topo do domo roxo: Que tipo de lugar existiria do outro lado?

    Sua contemplação foi curta no entanto, porque logo Douglas se deparou com as rodas de briga de rua em pleno ar livre. O rapaz não podia deixar de sentir uma certa nostalgia.

    Algumas pessoas o reconheciam e cumprimentavam, chegando até a falar que torciam por ele no conflito contra Igor. Douglas também aproveitava pra perguntar do Marcos, se alguém chegou a ver um cara como ele por aí. Todos diziam que não.

    Douglas seguiu sua caminhada. Após andar mais alguns quarteirões, Douglas passou em frente a um consultório médico fechado, o que inevitavelmente o fez pensar em seu pai.

    -Aquele narcisista maldito. - Resmungou.

    Logo em seguida ele riu. Ironicamente, o próprio ódio que Igor sentia de Douglas motivou-o a ensinar Douglas a ser independente, pra que assim Igor não precisasse mais sustentá-lo. Isso ajudou Douglas bastante nos tempos em que ele vivia abaixo do radar. Também seria muito útil pra quando Douglas matasse Igor, libertando não somente a cidade mas também a si mesmo, assumindo enfim o controle da própria vida.

    Prioridades”, ele pensou. “Dessa vez só vou buscar informações”.

    Continuou andando.



*


*Ding dong*


    -Eu atendo. - Disse Maurício. - Marie, fica quetinha aqui, tá? Brinca com isso.

    Então ao abrir a porta, falou:

    -Douglas! Acho que já vi essa cena antes! Será que estamos vivendo em um loop temporal do Ouroboros?

    -Onde é que ele tá? - Perguntou Douglas.

    Maurício se esforçou pra conter o riso.

    -Hã? - Perguntou o jovem de cabelo crespo.

    -O Rei Amarelo. - Respondeu o de cabelo liso. - Vim falar com ele.

    Maurício parou de sentir as próprias pernas por um segundo.

    -Como é? - Maurício sorria nervosamente.

    -Você me ouviu. - Respondeu Douglas. E então, com um sorrisinho cínico, emendou: -Leve-me ao seu líder.


*


    -Devo admitir que é muita coragem sua vir falar pessoalmente comigo. - Comentou o Rei Amarelo.

    Douglas estava sentado em um banquinho de carvalho materializado pelo Rei.

    O rapaz estava em frente ao Rei Amarelo, sentado em seu trono de flores na sala aveludada. Maurício se encontrava ao lado da entidade, pronto para lhe servir vinho assim que fosse ordenado.

    -Aceita uma taça de vinho, Douglas? - Perguntou o monarca cósmico. - Este aqui é muito bom.

    -Sang de Dieu? - Disse Douglas, lendo o rótulo da garrafa segurada por Maurício. - A Lúcia me falou muito bem desse.

    -Sério? - Perguntou Maurício, com um largo sorriso.

    -Sim. - Respondeu Douglas. - Ela disse que se tornou o novo vinho favorito dela, principalmente a safra de 64.

    Douglas notou que as bochechas de Maurício ruborizaram, mas decidiu ignorar.

    -Infelizmente não posso tomar álcool por causa do meu remédio – Comentou o heroi – e também não vim aqui pra brincar de enólogo.

    -Mas é claro. - Reconheceu o Rei – O que o traz aqui?

    -Quero saber o que é esse “Jogo Sagrado” e por que eu sou tão importante nele.

    Por um exato minuto, silêncio pairou naquela sala.

    -Cuidado, mortal. - O Rei Amarelo retomou a conversa – A linha que separa coragem de húbris é bastante tênue…

    Silêncio pairou mais uma vez. Porém, o Rei levou menos tempo pra continuar.

    -Mas acredito que isso pode deixar as coisas mais interessantes… Maurício, deixe-nos a sós.

    -Como quiser, Majestade. - Respondeu Maurício, se retirando.

    -Pois muito bem. - Disse o Rei Amarelo quando Maurício deixou a sala. - O “Jogo Sagrado” nada mais é do que um experimento realizado por mim, como aquele delator lhe contou. Seu pai é apenas a minha principal cobaia nesse experimento.

    -Eu sabia! - Falou Douglas – Você só está usando ele!

    -Do mesmo jeito que humanos usam animais, plantas, fungos e bactérias. - Respondeu o Rei, com um tom bem-humorado – Não faça essa cara, não estou falando isso pra você se sentir culpado. Quem não possui poder tem seu futuro nas mãos de quem possui. Essa é uma regra imutável deste grande jogo chamado “existência”. É destino.

    Douglas se segurou. O Rei Amarelo já havia deixado claro pra cidade inteira o que acontece com quem o confronta.

    -Aonde eu entro nisso? - O rapaz enfim perguntou.

    -Todo jogo precisa de adversários, não concorda? Você, Ana e Alexandre são as peças que Igor precisa derrotar para vencer este jogo; os inimigos que o deus do novo mundo derrotará para a criação da nova sociedade, sendo você a peça que conferirá mais pontos a ele após cair.

    Quanto mais o Rei falava, mais o interior de Douglas queimava de ódio.

    -Por que você está fazendo tudo isso? - Perguntou o humano.

    -Quanto menos você souber de minhas motivações, melhor para você. - Respondeu o Rei Amarelo – Acredite em mim.

    Um estrondo ressoou pelo apartamento, assustando Douglas.

    -Não vai ver o que é? - Perguntou o Rei Amarelo.

    Douglas não gostou do tom “alegrinho” do Rei, mas aproveitou o pretexto pra se afastar daquela entidade.


*


    -Esse bicho de novo?! - Indignou-se Douglas ao ver Maurício e Marie enfrentando aquele monstro de carne e metal.

    -O nome dele é Akleos. - Explicou o grifo branco. - Vai ficar só aí parado olhando?

    -Sim, é claro que vou. - Retrucou Douglas.

    Douglas ainda estava ressentido com a derrota que sofreu nas mãos de Marie, e ainda surgiu um novo rancor por aquele ser chamado “Akleos”. Ele queria mais é que os dois lados se fodessem.

    Akleos chegou a notar a presença de Douglas na sala, mas preferiu dar atenção pros animais humanoides com quem já estava brigando.

    -A gente não precisa da ajuda dele, papai! A gente é forte! - Gabou-se a menina coelho, transformando seu braço em canhão e disparando um míssil contra Akleos.

    O monstro simplesmente deu um tapa com as costas da mão, fazendo o míssil atingir a parede do apartamento, que se abriu em um buraco enorme mas logo se fechou.

    Douglas foi arremessado pela força da explosão, batendo as costas em um livreiro.

    Após se recuperar da dor, o rapaz decidiu observar a luta do alto da escada, por considerar ser um ponto mais seguro.

    Maurício deu um vôo rasteiro em direção a Akleos e arranhou o tecido muscular de sua perna.

    A fera soltou um urro de dor, com lágrimas de sangue escorrendo por sua face mecânica.

    -Marie, se concentre nas partes que não estão cobertas por metal! - Ordenou o grifo.

    A coelha não perdeu tempo: Ativou sua couraça robótica e disparou uma miríade de mísseis de todo o seu corpos em direção às partes orgânicas de Akleos.

    Os mísseis não aparentavam causar dano ao corpo de Akleos, mas ainda assim a criatura se contorcia e urrava de dor.

    Douglas seria capaz de sentir pena daquele monstro se não estivesse ocupado demais tetntando se proteger das ondas de choque de todas aquelas explosões.

    Mas Akleos não precisava de piedade: Sem se dar por vencido, o monstro invasor agarrou Marie pela cabeça com uma de suas mãos.

    Maurício imediatamente saltou sobre o inimigo, temeroso de que sua... filha (?) tivesse a cabeça esmagada.

    Em vez disso, o que aconteceu foi tão inesperado que acabou o chocando tanto quanto: As partes mecânicas do braço de Akleos se sintetizaram com os mecanismos de Marie, bem como sua carne se misturou com o aspecto orgânico da coelha.

    O resultado foi um enorme canhão grotesco de carne e metal no braço de Akleos, que o apontou em direção ao grifo branco.

    -Ah, merda! - Do alto da escada, Douglas já sabia o que estava por vir.

    Instintivamente, o visitante correu o mais rápido que pôde em direção à próxima escada, mas antes que pudesse subir pro próximo andar, uma estrondosa onda de choque o jogou contra a parede.

    Se ele não tivesse se transformado em Semreh Cocytus antets de se chocar teria certamente morrido, já que apenas o poder do Rei Amarelo salvou o prédio da demolição.

    Após se levantar, Semreh se dirigiu até a janela mais próxima. Ele ainda não tinha condições de enfrentar Akleos sozinho.

    Imediatamente porém, o chão se abriu, com Akleos saltando bem no meio do caminho. Semreh notou que o braço do monstro estava normal, então Marie deve ter sido desacoplada.

    Mal Semreh observou isso, ele já teve que se esquivar daquele mesmo braço, que lhe desferiu um cruzado.

    Semreh se deu conta de que teria sido melhor agarrar o braço de Akleos pra rendê-lo, mas ainda estava receoso em ficar perto daquela coisa.

    Akleos por sua vez queria ficar o mais próximo possível de Semreh, avançando com um salto adicionado de uma cotovelada ao cair.

    Ao se esquivar novamente, Semreh não pôde deixar de sentir um forte déjà vu, como se já tivesse visto aquela forma de lutar antes.

    De toda forma, ele não queria ser atingido, então foi agarrando qualquer objeto próximo que fosse capaz de erguer e arremessar em Akleos após energizá-los: Almofadas, cadeiras, controles remotos… Tudo se transformaa em uma bomba nas mãos de Semreh Cocytus.

    Akleos se deixava abater por alguns segundos, mas logo aquela massa de carne e metal voltava à sua perseguição.

    Alguns passos depois, porém, ocorreu outra explosão no corpo de Akleos.

    Semreh ficou confuso no começo, mas logo entendeu.

    O ar por onde passei se energizou

    Ele olhou ao redor em busca de um ventilador, mas infelizmente não havia nenhum.

    -Bom, vou ter que fazer igual àquela outra vez.

    Semreh então energizou todo o seu próprio corpo. Mas dessa vez ao invés de esperar o ataque inimigo ele tomou coragem e avançou contra Akleos.

    Cada golpe que Semreh desferia contra o inimigo gerava uma explosão, e com cada explosão Semreh foi gradativamente perdendo o medo por Akleos; o que antes parecia ser uma força misteriosa implacável se tornou apenas mais um monstro na visão do heroi.

    O peito de Semreh se encheu de alegria. Seria esse o momento em que ele derrotaria Akleos, o que não só lhe daria um gostinho da doce vingança como ainda provaria sua superioridade sobre Maurício e Marie? Seria esse o momento em que ele adquiriria força o suficiente para derrotar seu pai?

    Não.

    Terríveis pontadas flagelaram o corpo de Semreh, como se ele tivesse sido introduzido em uma dama de ferro pegando fogo. Consequência da alta concentração de cortisol causada pela forma Cocytus.

    Douglas caiu de joelhos no chão.

    Akleos aproveitou aquele momento pra mandar um chute contra Douglas, que ainda teve forças pra desviar a tempo.

    -Lúcia, me teletransporta urgente! - Douglas berrou em seu comunicador.

    -Douglas, onde é que você tá?! - Assustou-se Lúcia do outro lado da linha.

    -Depois eu explico, - Douglas se esquivou mais uma vez, desesperado – só me teletransporta agora!

    Em um instante, Douglas desapareceu.



*


    Em seu escritório, Igor procurava se concentrar na sua meditação. Sincronizar o ritmo de sua respiração com o fluxo do universo; sentir a posição de cada objeto ao redor de si no grande esquema das coisas. Ele pôde sentir a presença de Douglas no prédio, que se afastou pouco tempo depois da chegada de Akleos.

    Mas não era preciso ter habilidades sobrehumanas pra sentir (e ouvir) a bagunça que Marie fez na luta contra a fera invasora. Ele teria que disciplinar aquela coisinha…

    Mas isso teria que esperar. Naquele momento, um visitante se aproximava.

    Deixando a meditação de lado, Igor se posicionou próximo à porta.

    Assim que Akleos arrebentou a porta do escritório, Igor agarrou o braço do monstro e o torceu no sentido do cotovelo e então do ombro, rendendo-o no chão.

    -Então você é o infame Akleos. - Disse Igor, contemplando aquela criatura. -Posso sentir um grande poder em você, mas eu sou o vencedor destinado do Jogo Sagrado...

    Com seu braço livre, Akleos conseguiu dar um soco em Igor forte o bastante pra arrancar sua mandíbula, deixando a língua do homem de meia-idade pendurada enquanto sangue pingava de sua boca.

    Graças a seu poder de regeneração, porém, uma nova mandíbula se formou na boca de Igor, completa com barba.

    -A recompensa por eu vencer o Jogo subiu desde que você chegous, - Disse Igor com sua nova boca – logo era de se esperar que você fosse um desafio maior.

    Igor tentou demonstrar confiança, mas por dentro seu corpo se contorcia de pavor: Ninguém nunca conseguiu machucá-lo daquele jeito tão facilmente.

    O senhor ficou em guarda, seus olhos fixos no inimigo.

    Akleos saltou contra Igor preparando uma cotovelada, e assim que teve seu braço agarrado novamente ele deu uma joelhada no tórax do homem antes que ele pudesse concluir o golpe.

    Akleos era diferente, Igor podia sentir.

    Quando tentava prever seus movimentos através do fluxo universal, Igor via uma variedade de golpes possíveis, ao invés daquele que Akleos definitivamente iria usar.

    O monstro avançou novamente; dessa vez Igor ofuscou sua visão com a luz emitida de sua palma, e enquanto Akleos ainda estava atordoado pelo flash, Igor deu um chute frontal que arremessou o monstro pra fora do escritório. Depois, Igor agarrou a perna de Akleos e o lançou para a sala mais aberta daquele piso. Ele queria ter jogado aquela fera repugnante pela janela, mas previu que o monstro fugiria.

    -Vamos acabar com isso aqui e agora. - Disse Igor.

    Como se tivesse entendido, Akleos, após recuperar a visão, avançou com um soco contra Igor, que contra-atacou com um tegatana.

    A mão de Igor aberta em formato de faca foi, com dificuldade, partindo o braço de Akleos ao meio, fatiando músculo e metal.

    Lágrimas de sangue escorriam pela face mecânica de Akleos. O monstro deu um soco com seu outro braço nas costelas de Igor e fugiu quebrando a parede do apartamento, que se reconstruiu.

    O punho de Akleos possuía espinhos metálicos, que combinados com a própria força do soco, destroçaram o pulmão de Igor. Porém, ele conseguiu se regenerar graças ao seu poder sobre a vida.


*


    -Não quero saber de você disparando mísseis dentro da minha casa de novo, entendeu, sua aberraçãozinha de merda?! - Igor estava tão furioso que chegava a cuspir ao falar, e seu rosto estava tão vermelho que parecia que sua cabeça iria explodir.

    Aproveitando que Maurício não se encontrava no momento, Igor agarrou Marie pelas orelhas para lhe aplicar um de seus icônicos castigos.

    -Acalme-se, Igor. - Disse o Rei Amarelo, se materializando no local antes que Igor pudesse agir. -Nada foi de fato destruído, esqueceu? Além disso, tenho um presente pra você.

    A entidade cósmica estendeu sua mão, revelando uma esfera de energia, semelhante a uma mini-estrela, que alternava entre as cores branca e vermelha.

    -O que é isso? - Perguntou Igor, largando Marie.

    -Digamos que ocorreu mais um desbalanceamento no Jogo, e essa é a minha maneira de corrigir. Vai levar algum tempo pra ela ficar pronta, mas acredito que você já deva tê-la em mãos para ir se acostumando.

    -Muito obrigado, Vossa Santidade. - Igor agradeceu, agarrando a esfera. Ela emitia um calor aconchegante; foi muito prazeroso para o corpo de Igor.

    Se o Rei Amarelo tinha um rosto por trás da máscara, ele certamente estaria sorrindo.

    O Jogo Sagrado estava prestes a esquentar.

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